I Coríntios: capítulo 2

No segundo capítulo da carta aos coríntios Paulo dá continuidade à idéia de confrontar os gregos, conhecidos pelas suas filosofias, que de nada vale a incessante busca por intelecto humano pois este não permite sequer chegar perto da verdadeira sabedoria e do conhecimento de Deus, tampouco conhecer Sua vontade.

O autor então demostra que o Pai se revela a nós apenas por meio de seu Espírito.

Método de pregação de Paulo entre os gregos (v.1-5) : : o apóstolo deixa claro que evitou ao máximo utilizar palavras de sabedoria para pregar entre os gregos, para que não se ajuntassem a ele por causa da beleza da sua pregação em vez da mensagem da cruz (v.1-2). Paulo tem autoridade para falar desse modo, já que era tido como um homem extremamente culto (o discurso de Paulo descrito em Atos capítulo 22 mostra o quanto ele era erudito e importante na sociedade). Ao dizer que preferiu deixar quase todo o seu conhecimento (que não era pequeno) de lado, Paulo se remete à grandiosidade da sabedoria divina, mostrando que nem mesmo sua vasta intelectualidade se compara à de Deus.

Após isso ele mostra a sua humildade ao pregar pura e simplesmente a Palavra, em vez de palavras de persuasão e tentativas de convencer os ouvintes (v.3-5). Paulo justifica essa postura de pregação dizendo que sua intenção é que a fé dos coríntios se baseie no poder de Deus e do Espírito, ao invés de se basear na sabedoria humana.

A sabedoria de Deus (v.6-13) : : Paulo fala que é impossível chegar ao conhecimento da vontade de Deus por meio de conhecimento humano (v.6-8). Com isso, ele diz que é se realmente as pessoas poderosas de sua época o tivessem entendido de verdade, não teriam crucificado o Cristo.

Aplica mais força à sua mensagem ao recitar o versículo 4 do capítulo 64 de Isaías (v.9). Ao fazer menção de um texto mais antigo, o autor busca assegurar os gregos que o que estava dizendo tinha respaldo de um profeta famoso, assegurando veracidade à sua mensagem.

"A vontade revelada de Deus é feita conhecida em Sua Palavra" (Arthur W. Pink) e no Espírito (v.10-11), sendo que esta vontade apenas se faz entendida pelos que são espirituais (v.12-13).

A distinção entre o homem espiritual e o carnal (v.14-16) : : o segundo capítulo se encerra com a afirmativa de que há uma grande diferença entre nosso homem "natural" e o homem "espiritual" (v.14). A tendência natural do homem é se inclinar para o mau, sendo esta tendência apenas invertida quando, por meio do Espírito, o homem discerne as coisas que, de fato, vêm de Deus (v.15).

Graças ao Pai, porque "nós temos a mente de Cristo" (v.16).



"A auto-revelação direta de Deus, impossível de ser descoberta pelo engenho do homem, envergonha todas as tentativas de exaltar a sabedoria humana." (Gary Fischer)

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