I Coríntios: capítulo 7

A realidade do casamento

Os acontecimentos coincidem no fato de que os crentes de Corinto escreveram uma carta ao Apóstolo, perguntando-lhe sobre algumas questões, das quais só temos as respostas, uma delas é uma questão do sexo e casamento (Broadman – 10 – pág. 339).

O modo de desfrutar do sexo preocupa os cristãos de todos os tempos. Em Corinto, viviam entre duas tendências: Os ascetas (vida em sacrifício), que ensinavam que o sexo é pecaminoso em si, e, os devassos, que ensinavam que a vida sexual nada tinha a ver com a vida cristã. A Igreja estava confusa. Paulo condena os dois caminhos e põe o assunto em termos adequados.

O casamento e o sexo (v. 1-7) : : a posição de Paulo, com relação a casamento é conservadora – Coríntio era uma cidade notória por sua imoralidade – o natural é as pessoas se casarem, quando atraída uma pela outra. O Apóstolo chegou a dizer que é, praticamente, impossível (por causa da prostituição – v. 2) a uma pessoa viver sem exercer sua sexualidade.

Paulo diz que há valor numa vida de celibato, mas não o coloca acima do casamento (Gn. :18). O lugar do exercício sexual é o casamento monogâmico (entre duas pessoas de sexos diferentes – v. 2) (Mt.19:12).

A relação sexual no casamento, biblicamente, não é um favor, mas uma dívida comum aos dois cônjuges. A abstenção é uma exceção sob certas condições, e não uma regra sob qualquer condição (v. 3 e 5).

Os solteiros e os viúvos (v. 8-16) : : Paulo diz aos sozinhos que, sem o “dom” do isolamento sexual, ninguém deve ficar sem casar.

Nos versos 10 e 11, Paulo dirige sua atenção para o casamento de crentes. O conselho é que os crentes que estão casados não devem dissolver o seu casamento.

Já nos versos 12 a 16 só um dos elementos do casamento é crente. Paulo não parece a favor desses casamentos (II Cor 6:14 e 7:1), Paulo também se opõe à dissolução desses casamentos, mas ele reconhece que um ou outro, não crente, pode se opor à fé que o seu cônjuge abraçou. O cônjuge crente não deve dar início à separação. A fé cristã não deve ocasionar conflito irreconciliável em um lar, e, sim, produzir paz (15).

Paulo mostra que este casamento pode ser um elemento para salvação, mas deve-se observar os riscos, e não viver cobrando de Deus uma conversão não prometida.

Uma questão cultural - o cristão no seu tempo (v. 17-23) : : será que o antigo cristianismo, de Jesus e Paulo, pode ser vivido nos dias de hoje, com a mesma qualidade e intensidade? O conflito é real, já que pertencemos a Cristo e vivemos no mundo, temos a mente de Cristo (I Co. 2:16), e, não a mente da cultura de nossa época. Nosso compromisso é viver segundo os mandamentos de Deus, mesmo que a sociedade onde vivemos não os reconheça (v. 17).
Por exemplo, um judeu que se convertia, não precisava fazer uma cirurgia para tirar as marcas da sua circuncisão. Um gentio que se torna crente não precisa circuncidar-se, achando que ela tenha algo, além de Cristo, que lhe seja necessário (Gl. 5:6 e 6:15) – “Cada um fique no estado em que foi chamado”. Havia açodamento a mudanças externas, quando a presença de Cristo muda o homem, a partir do seu interior.
A chave desta seção é o verso 23. Fomos comprados por Jesus Cristo, somos d’Ele. Não somos mais de nós mesmos, muito menos do mundo.
Nos dias atuais, há discussões sobre, músicas instrumentos, volume de som, etc... que são tão iguais àquelas – Geralmente, nessas horas sacralizamos gostos ou costumes pessoais ou de grupos, sem a sensibilidade de que o que é consagrado ao Senhor é santo (Tt. 1:15, At. 10:13-15, Jó 10:4, Sl. 34:18 e 51:17).

Quanto aos solteiros (v. 25-35) : : Paulo deseja poupar os Coríntios de toda a ansiedade com relação ao casamento (28c) – O mundo atual está condenado a ser transitório, só o mundo espiritual sobreviverá. “A aparência deste mundo passará”, mas a vida no Espírito será preservada por Deus. Portanto, o crente recebe um certo desligamento deste mundo. Ele não rejeita o mundo, mas não se abandona nesta criação. Ele está livre para servir ao Criador (I Co. 6:19-20, Fl. 4:6 e Jo. 17:16).

Chegando ao verso 38, o Apóstolo ainda acrescenta: O casado, como crente e pessoa cumpridora de seus deveres, está na obrigação de cumprir os deveres do casamento e da família. Embora suas intenções sejam boas, ficam divididas.

Atingindo o verso 40 a tese é a mesma, considerando agora as viúvas. Podem permanecer viúva ou casar-se outra vez. No parecer do Apóstolo, por sua experiência pessoal, não casar-se seria a melhor. Segundo Paulo, há mais possibilidades de serviço ao Senhor.

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