I Coríntios: capítulo 4

Apóstolos de Cristo

No capítulo 4 Paulo faz um fechamento da discussão sobre as dissensões em Corinto, o errado entendimento da cruz, e faz uma defesa indireta do seu apostolado.

Os servos de Cristo e a sua obra (v. 1-5) : : no início do capítulo, Paulo descaracteriza qualquer retenção de proeminência pessoal e enfatiza o serviço (servos e ministros) e a responsabilidade (despenseiros, mordomos). A ênfase não é nos Apóstolos, mas no Mestre que eles servem.

Paulo está indicando para os coríntios, um caminho diferente das lealdades facciosas para uma centralizada lealdade a Cristo, de quem os Apóstolos receberam a honra e devem toda obediência. É imperativo que um despenseiro seja fiel, de confiança. Tudo o que é seu é do Senhor e as coisas do seu Senhor não são suas. O requisito de um despenseiro é que ele seja de confiança. Nenhum tribunal humano lhe preocupa, desde que seja fiel ao Senhor (II Co. 1:12 e Rm 9:1).

Os Coríntios e seus apóstolos (v. 4:6-13) : : Paulo enfatiza a unidade que há entre Apolo e ele mesmo para apelar aos Coríntios, que estão correndo perigo de se tornarem ensoberbecidos pela lealdade partidária a diferentes líderes (I Co. 3:6 e 6:12).

Deus é doador de todos os dons (I Co. 12:6 e Tg. 1:17). Visto que Deus dá e os homens recebem, não há motivo para orgulho (jactância ou soberba). O receptor de uma dádiva não se vangloria em si mesmo.

Os Coríntios não podem se esquecer que os dons que eles tanto prezam não refletem sua capacidade, mas a graça de Deus.

Os versos de 8 a 13 constituem dramático quadro. Paulo escreve com sátira devastadora e ironia penetrante. Ele diz que o discipulado não é a vida de um rei, mas uma vida de servo. “Já estais fartos! Já estais ricos!”...

Pensavam que o reino já estava consumado.

Paulo coloca-se contra esta maneira errada de compreender a realização plena do reino, sem a sua realização futura (II Co. 1:22, 5:5, 15:24 e Fl. 3:20-21) – O reino que os coríntios imaginam que herdaram é SEM NÓS – e, por isso, é uma ilusão.

A vida do apóstolo é marcada por privação, rejeição e labuta, e é moldada pelo Espírito de Jesus, desprezado pelos homens, honrado e amado pelo Pai (Rm. 12:12-14, II Co. 10:24, Jo. 15:12 e Gl. 4:11).

Os coríntios e o apóstolo Paulo (v. 14-21) : : envergonhar os Coríntios apenas os humilharia, admoestá-los os inspiraria. São complicados, mas são filhos amados do Apóstolo.

Paulo aceita sem reservas a presença de outros que nutram os coríntios, mas reserva-se o direito de falar-lhes como único pai, pois levou à salvação em Cristo Jesus (Gl. 4:19 e Fl. 10).

Por ser-lhes pai espiritual, não por arrogância, o apóstolo é capaz de dizer-lhes “sede meus imitadores”. O apóstolo se coloca como servo que sofre, como Cristo sofreu, pela honra do Pai. Eles sabem como se deu por eles com pai espiritual.

Ele lhes envia Timóteo que já assimilou esta visão e sentimento.

Paulo não apenas envia Timóteo, como prevê uma viagem sua a Corinto (I Co. 16:5-9).

Pelo fato de os coríntios enfatizarem tanto a sabedoria, Paulo diz que o reino de Deus se manifesta em poder do Espírito Santo para transformar a vida dos homens (v. 2:4, Rm. 4:17 e I Ts. 1:5).

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